Jaime Oliva
Boa parte das práticas urbanas desenvolvidas na metrópole de São Paulo (e em outras brasileiras que a mimetizam) estão naturalizadas. Seriam decorrências naturais do tamanho de uma cidade que é muito grande, das posturas consumistas do homem moderno, do desenvolvimento tecnológico etc. Por isso sempre é bom mostrar que as realidades urbanas são variadas no mundo, e que, por exemplo, a automobilização não é natural e nem aceita sem restrições numa lista importante de cidades.
Não é em qualquer país que em plena crise se compra tantos automóveis quanto no Brasil, que virou agora uma das bóias salva-vidas das corporações automobilísticas nesse período de turbulências econômicas. Isso se deve ao fato de que o automóvel é em nossa cultura a segunda prioridade de patrimônio (depois da casa própria) a ser adquirida. Que para nós as cidades tem que comportar custe o que custar a crescente frota automobilística.
É importante que esse fenômeno se desnaturalize, que ele revele sua verdadeira face de uma opção entre outras possíveis, para abrir outras possibilidades de escolha... o essencial é abriro debate e levá-lo a todos s espaços possíveis. No link abaixo que dá acesso a um portal de serviços e notícias sobre um espaço muito peculiar da metrópole de São Paulo (Alphaville) há um pequeno artigo que se refere a experiência de Paris sobre a questão da automobilização e a compara com São Paulo.
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