quinta-feira, 8 de maio de 2008

Uma interpretação do mundo contemporâneo: o fim dos fins

Esquema produzido por Jaime Oliva

A consciência crítica do mundo moderno
Domínio das críticas desconstrutivistas e materialistas (Marx, Freud, Nietzsche, franceses)
Uma crítica poderosa → M. Heidegger → mundo moderno como o mundo da técnica
Na Geografia → Milton Santos → reflexão sobre o mundo da técnica e a espacialidade

Mundo da técnica
(Martin Heidegger)
Definição crítica que vai além das críticas à modernidade (desigualdades, padronização cultural, destruição da natureza);
Permite entender a paisagem econômica, cultural e política;
A “globalização” trai uma promessa chave da modernidade: poderíamos coletivamente fazer nossa história;
Avanço da técnica: crescimento de riquezas→efeitos devastadores sobre o pensamento, a política e sobre a vida dos homens.
Evoluções tecnológicas que empresas devem seguir para não se condenar, o progresso pelo progresso.
O mundo da técnica nos escapa e se revela desprovido de sentido, na dupla acepção do termo: privado de significado e de direção.
O problema do capitalismo é que ele nos desapossa de qualquer influência sobre a história e a priva de qualquer finalidade visível. Nenhum ideal inspira mais o curso do mundo → só existe a necessidade absoluta do movimento pelo movimento.
A preocupação com os fins, com os objetivos últimos da história humana, vai desaparecer em benefício único e exclusivo da atenção aos meios. O mundo tornou-se cego, sem fins.
O progresso econômico não tem outro fim além de si mesmo;
A subjetividade humana se expandiu tanto que resultou no seu próprio fim (que é o que a razão instrumental representa);
Para onde o mundo nos leva? O que será de um mundo sem projeto? E as causas comuns?
Todas as dimensões da vida caminham para a falta de sentido (e a educação não escapa disso)

Período técnico científico
(Milton Santos)
Definição do espaço geográfico contemporâneo como meio técnico-científico (informacional);
As técnicas incorporadas nos objetos e no espaço geográfico possuem um comando externo, desconhecido. Adotamo-las sem razão, por imposição de uma racionalidade instrumental; as técnicas, as coisas, os objetos não nos obedecem;
Faz-se uma apologia da globalização, do progresso que ela trará, a despeito da ausência de sentido, de finalidade, de projeto de sociedade e de país (a globalização pela globalização);
Essa é a face “heideggeriana” de Milton Santos.

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